sexta-feira, 17 de agosto de 2012

FANFIC - WITHOUT YOU - CAPÍTULO 9

Título: Whitout You 

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Robsten
Gênero:
 Romance, drama
Censura:
 
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 9

Eu olhei para o teste a minha frente, mordendo os lábios com força.
Enquanto esperava aqueles malditos minutos, de repente passou pela minha cabeça jogar no lixo sem saber de nada.
Continuar na ignorância, até sair dali.
Mas eu não consegui. Eu precisava saber.
O tempo inteiro eu me perguntava o que eu faria se fosse positivo.
E eu realmente não sabia ainda o que pensar.
Meus olhos voaram para a porta fechada. Rob estava do outro lado.
E isto apenas me deixava mais nervosa.
Simplesmente eu não iria aguentar toda aquela pressão por muito tempo sem cair.
Por que no fundo eu sabia sim o que eu estava sentindo, eu só não queria encarar de frente.
Não quando havia a possibilidade de ser em vão.
Voltei meus olhos de novo para o teste e lá estava.
O ar saiu lentamente dos meus pulmões e eu percebi só naquele momento, como uma vertigem que estivera prendendo a respiração.
Negativo.
Eu não estava grávida.
Meus joelhos tremeram sob todo o nervosismo e eu deslizei pela parede até o chão. Todo meu corpo tremia agora e os soluços romperam do meu peito sem que eu tivesse como contê-los.
Eu não sei por quanto tempo eu chorei sozinha até que a porta se abrisse.
-Kristen? – ele chamou meu nome e eu levantei a cabeça e o fitei – Você está bem?
Eu enxuguei o rosto, me levantando.
-Acho que não é isto que quer saber. Mas a resposta é não, eu não estou grávida. – eu joguei o teste no lixo enquanto Rob permanecia em silêncio. De repente aquilo foi demais pra mim e eu me virei e o fitei com os olhos inchados – Sabe o que e mais irônico? Eu não queria estar grávida! – meu tom de voz foi aumentando conforme eu sentia a explosão se formando dentro de mim e as lágrimas voltando numa enxurrada – Eu não queria estar grávida de um filho que não fosse seu! E você me sacaneou. Eu devia odiar você. Deus, porque você voltou pra bagunçar minha vida? Eu estava feliz sem você!


Eu não via mais nada na minha frente a não ser borrões vermelhos enquanto sentia tudo desabando..
E então, braços dolorosamente conhecidos estavam a minha volta.
-Shii… – a voz que eu só escutara em sonho por três anos, estava em meu ouvido.
Tudo dentro de mim estava tremendo e quando eu senti os lábios mornos em direção aos meus, eu apenas fechei os olhos e deixei que ele me beijasse.
Como se minha vida dependesse daquele beijo.
Como se fosse possível acabar com tudo de horrível que eu sentia.
Meus dedos crisparam em sua camisa, enquanto minha mente girava sobre a pressão da sua boca sobre a minha. Eram beijos famintos e devoradores.
Eu já não mais respirava, eu apenas precisava sentir aquela excitação febril e intensa, dominando meus sentidos, as mãos dele queimando em minha pele através do tecido de suas próprias roupas que eu usava.
E tudo desapareceu a minha volta. Nossas línguas se buscaram, se encontraram e eu estremeci, enquanto Rob me encostava na pia.
Os beijos tornaram-se ainda mais urgentes, cheio de uma paixão represada, não me dando escolha a não ser retribuir no mesmo ritmo, com a mesma fome. Eu não podia pensar em nada, eu não queria pensar em nada. E minhas mãos voaram como se tivessem vontade própria para os botões de sua camisa e em um minuto ela estava no chão e espalmei a mão sobre seu peito. Eu conhecia a textura daquela pele tão bem quanto a minha e o ritmo do coração era o mesmo do meu.
Finalmente a boca dele largou a minha para deslizar por meu rosto, minha garganta, enquanto suas mãos faziam o mesmo que as minhas, se ocupavam em abrir a minha camisa de qualquer jeito, até que meus seios saltaram livres em direção aos dedos quentes.
Eu gemi, perdida e meus joelhos tremeram quando as mãos insaciáveis continuaram, sem se dar ao trabalho de tirar a camisa aberta, descendo por minha barriga e abrindo o jeans, que deslizou para o chão. Joguei a cabeça para trás, gemendo alto, enquanto ele descia por minha garganta, a barba arranhando, os lábios encontrando meus seios e os sugando, os dentes machucando de leve e eu gritei, uma excitação úmida e quente percorrendo minha pele e se alojando em meio a minhas pernas, num latejar doído e desesperado.
Nada importava mais, quando sua boca voltou a devorar a minha e suas mãos deslizaram por minhas costas e pousavam em meus quadris, me erguendo do chão. Meus dedos apressados abriram sua calça e tocaram a ereção e foi a vez dele gemer. Não havia mais tempo para conjecturas, culpas ou algo mais que não fosse acabar com aquele desejo insano entre nós. E eu ofeguei, a espera, quando os dedos longos deslizaram minha calcinha para baixo e ele me penetrava com força. Uma, duas, várias vezes. E mesmo assim, eu fui em direção a ele, independente de qualquer dor, meus dedos ora enterrados em seus cabelos, ora em suas costas, minhas pernas a sua volta, enquanto ele movia-se dentro de mim num ritmo alucinante, meu corpo arquejando e queimando até que um clímax intenso e efêmero nos dominasse.
E depois, enquanto Rob ainda me segurava contra si e nossos corações voltavam ao ritmo normal, a realidade invadiu minha mente quando um raio de sol iluminou o anel em meus dedos.
O anel de outro homem.
Eu retesei o corpo e Rob me soltou um pouco, me encarando.
E desviei o olhar para o chão.
-Kristen, eu…
-Não Rob. – eu o empurrei – Apenas me solta e sai daqui.
Ele me soltou e eu pulei para o chão, pegando minhas roupas sem encará-lo.
Ele fez o mesmo e saiu do banheiro fechando a porta atrás de si.
Eu me olhei no espelho.
Meu cabelo desgrenhado e o rosto corado.
Eu tinha acabado de transar certamente.
E com alguém que eu achara que nunca mais ia ver quanto mais fazer sexo.
Um cara que me abandonou da forma mais vil.
E eu ainda tinha deixado aquilo acontecer.
E o pior.
Eu nem estava mal por isto.
Era como se em algum lugar dentro de mim, eu soubesse desde a hora que o encontrei novamente que aquilo ia acontecer.
Era inevitável.
Fora uma vez e o era agora.
Mas isto não queria dizer que eu o perdoava ou que eu ainda o amava.
Nada ia fazer o tempo voltar.
E muita água havia passado. Rob era outra pessoa. Eu era outra pessoa.
E eu pertencia à outra pessoa. O peso do anel no meu dedo não me deixava esquecer.
Respirando fundo, eu entrei no chuveiro e deixei a água quente escorrer sobre mim.
Depois de muito tempo eu saí de lá e me vesti.
Olhei o anel no meu dedo e sem pensar muito, eu o retirei e guardei.
Nem sabia por que fazia isto, mas parecia estranho continuar com ele no dedo depois do que tinha acontecido.
Olhei o céu através da janela. Estava límpido.
Faltava pouco para eu poder ir embora, podia sentir.
E não soube definir o que isto me causava.
Bem, eu não podia ficar ali escondida o dia inteiro.
Era melhor descer e encarar Rob logo.
Mas não precisei encará-lo. Havia uma bandeja em cima da mesa e um bilhete.
“Apenas coma. Fui verificar se a estrada está transitável”.
Apenas isto. Eu suspirei, e comecei a comer.
Se a estrada estivesse ok, este seria meu último dia ali.
Depois eu fui dar uma volta.
Só para ter o que fazer e não ficar ali, naquela casa sozinha, pensando em coisas que não deveria pensar.
Como o fato de ter ficado aliviada por não estar grávida.
E ter confessado isto a Rob e ainda por cima dizer que se tivesse grávida gostaria que o bebê fosse dele.
Que idiotice.
Eu tentava dizer a mim mesma que estava sobre forte pressão emocional pra ter dito uma coisa daquela.
Por que algo assim jamais seria possível. E eu ignorei a dorzinha no fundo do peito.
Não sei por quanto tempo eu andei, mas quando voltei, já anoitecia.
O carro de Rob estava em frente a casa. Meu coração disparou um pouquinho ao perceber que ele estava de volta.
Respirando fundo, eu entrei e ele estava no sofá, tocando violão.
E levantou a cabeça assim que me viu;
-Estava me perguntando se tinha decidido fugir a pé.
Eu ri.
-Talvez devesse mesmo. Mas preferi boas notícias. As estradas?
-Sinto muito, mas ainda estão intransitáveis. Mas não se preocupe, talvez amanhã você consiga ir embora.
Bom, eu torci as mãos nervosamente.
Eu teria mais uma noite ali.
Não seria tão ruim seria? Era só mais uma noite.
Rob colocou o violão de lado e se levantou.
-Deve estar com fome. – de novo ele pegou aquelas folhas e colocou numa gaveta – Vou preparar algo pra você comer.
Sem mais uma palavra, ele se afastou pra cozinha.
Então seria assim? Não falaríamos sobre o que acontecera no banheiro?
Estava tudo bem pra mim, já que eu não sabia mesmo o que falar.
Se é que tinha alguma coisa a discutir sobre o assunto.
Andei pela sala, sem ter o que fazer. De maneira alguma eu iria atrás dele na cozinha.
Quanto mais distância, melhor.
Então eu parei em frente a gaveta. Curiosa, eu a abri.

Continua...

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