sexta-feira, 17 de agosto de 2012

FANFIC - WITHOUT YOU - CAPÍTULO 10



Título: Whitout You 
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Robsten
Gênero:
 Romance, drama
Censura:
 
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 10

Havia vários papéis ali e eu os peguei.
Como eu imaginava, eram letras de música.
Me senti uma intrusa lendo o que ele escrevia.
Mas não pude resistir. Eram coisas bem tristes e profundas, e eu fiquei com uma vontade imensa de chorar sem saber por quê.
Respirando fundo, eu parei de ler e as recoloquei de volta no lugar. Mas antes de fechar a gaveta uma foto me chamou a atenção.
Eu a peguei, sentindo meu peito se apertar.
Era uma foto minha. De três anos atrás.
-Matou sua curiosidade?
Eu ouvia sua voz meio seca atrás de mim e me virei.
-Por que guarda isto?
Ele deu de ombros.
-Talvez pelo mesmo motivo que você carregava aquele anel no pescoço.
-Mas eu não morri.
-Seria mais fácil se fosse assim.
Eu larguei a foto e fechei a gaveta.
-Vamos comer. – falei seca, cortando o assunto.
Nós comemos em silêncio.
Depois eu pensei em fugir para o quarto.
Mas algo me manteve ali.
De alguma forma, eu sentia que eram nossos últimos momentos juntos.
E algo dentro de mim, aquela pequena parte masoquista e ridícula, não queria se afastar.
Depois de algum tempo, ele quebrou o silêncio.
-Sobre hoje à tarde…
-Não vamos falar sobre isto. – cortei – Pra que falar? Eu vou embora daqui a algumas horas e…
-Vai fingir que nada aconteceu.
-Sim.
Ele sorriu de leve, um sorriso sem humor.
-Talvez seja uma boa ideia.
E queria que ele parasse de falar sobre o assunto.
Porque falar me fazia lembrar.
Então eu me dei conta que ele estava olhando para minha mão sem o anel. Fechei os punhos, escondendo a mão.
Não era preciso que ele também me fizesse lembrar que eu traíra o cara com quem eu estava agora.
Eu estava tentando não pensar naquilo também.


E estava tentando não lembrar como era quando estava com ele e comparar como era com Rob.
E fazer comparações desnecessárias.
Porque bem lá no fundo eu sabia que não havia comparação.
Era dolorido pensar nisto.
De repente algo me ocorreu e só de pensar nisto eu senti um aperto horrível no peito.
Mordi os lábios com força. Eu não ia tocar naquele assunto.
Mas era irresistível. Eu estava além da curiosidade agora.
-Aquela foto… o que suas namoradas diziam de você guardar aquilo?
-Eu não fiquei com mais ninguém Kristen.
-Quer mesmo que eu acredite nisto?
Ele deu um risinho.
-Se ficar comigo mesmo contar…
Caminhei até a janela olhando a noite escura.
Eu não sei como ele tinha chegado atrás de mim;
Mas eu podia sentir sua presença muito próxima.
-Não sinta culpa pelo o que aconteceu hoje, Kristen.
-Como não me sentir? Foi traição.
-Eu sou apenas um cara morto, lembra-se?
Eu quis me virar e agredi-lo.
Mas em vez disso eu me vi fechando os olhos.
-Levou muito tempo para eu deixar alguém me tocar de novo, depois que você morreu. – sussurrei – E mesmo assim, quando eu fechava meus olhos, era você que eu via. Fica feliz de ouvir isto? – murmurei com amargor. Com toda a dor que eu guardara comigo por três anos. Por todo o estrago que ele tinha feito na minha vida. Não me importava mais – Quer que eu diga que eu pensava em você? Que era seu rosto que eu via? Que demorou três anos pra eu deixar alguém se aproximar de mim novamente, porque toda vez que eu idealizava um amor, eu só pensava em você? – eu me virei – Que mesmo agora, depois de saber que foi tudo uma mentira doentia, eu ainda quero sentir você dentro de mim e saber que é você e não alguém que eu imagino? Eu… – mas a frase foi interrompida por sua boca sobre a mim, apertando meus lábios com força.
E eu deixei que ele me beijasse, me agarrando a seus ombros como se estivesse caindo num precipício.
O desejo estava ali o tempo todo, abaixo da superfície, e agora deixava fluir e a mesma tensão fluía dele, explodindo num mar de sensações indistintas, e eu me sentia forte e fraca ao mesmo tempo.
Mas então, ele parou. Abri os olhos, tonta, e ele me encarava de num misto de desejo e desespero.
-Não vou fazer você se sentir culpada de novo Kristen.
-Acho que quem tem que se preocupar com isto sou eu. – oh Deus. Eu estava mesmo dizendo aquilo?
Sim. Eu estava dizendo. Meu corpo ainda vibrava de uma necessidade que ia além da física.
E eu decididamente estava além da razão.
Eu me virei, ouvindo o mar se agitar não muito longe.
-Eu sei que não deveria fazer isto. Mas é como se, juntos aqui, longe de tudo, não fosse algo errado, ou impossível. É como… estar num sonho… ou um pesadelo. Como se não fosse real. Por que… você realmente não é real. Apenas…
-Kristen... – eu fechei os olhos ao ouvir sua voz tão perto. Tão conhecida. Uma voz que realmente eu escutava só nos meus sonhos tristes – eu não posso fazer isto. – sua voz estava em meus cabelos agora.
-Por que não?
-Kristen... – a mão dele escorreu de leve por minha espinha – eu passei três anos tentando esquecer sua voz, esquecer sua pele, – seus lábios tocaram minha nuca – seu cheiro… – eu podia sentia respiração na minha pele, enquanto os dedos agora percorriam meu braço – o tempo inteiro pensando que não era mais eu a tocar você, a estar dentro de você... – seus lábios tocaram o espaço entre minha orelha e minha nuca. Meu coração batia descontrolado no peito e eu tremia – e ter você aqui de volta… é como estar no pior pesadelo… porque eu sei que não tenho mais direito nenhum sobre você. Que amanhã você vai sair por aquela porta e nunca mais vamos nos ver – sua voz estava dentro do meu ouvido e suas mãos em minha cintura – e saber que eu mereço isto. Porque o que eu fiz não tem perdão e nem volta… mesmo assim… eu ainda penso em nada mais a não ser estar dentro de você e saber que é você e não minha imaginação. – ele repetiu minhas palavras.
-Então faça... – pedi num sussurro, pegando sua mão e levando para o meio das minhas coxas – não importa amanhã; se estamos no mesmo pesadelo.
Ele gemeu me acariciando por cima da calça e eu virei, para beijar sua boca e num segundo, eu estava em seu colo e ele me levava escada acima.
Depois, eu estava sobre os lençóis frios, com seu bem vindo peso sobre mim, beijos molhados enchendo minha boca e seus dedos quentes se ocupando em tirar minhas roupas.
Eu o queria. Queria todo. Com uma ânsia que era maior que qualquer razão.
E minhas mãos voaram para sua camisa. E um minuto as roupas haviam desaparecido e nossas peles roçavam desnudas num atrito perfeito.
Os lábios masculinos deslizaram por meu pescoço, até meus seios. A língua quente e úmida rodeando um mamilo para depois tomá-lo na boca por inteiro, eu fechei os olhos, arqueando o corpo em sua direção, minha barriga se contorcendo.
Ele escorregou a mão para o vértice entre minhas pernas, os dedos longos causando um dano delicioso dentro de mim. Arrepios de puro prazer percorreram minha espinha e minha mente girou perdida. Sem que eu me desse conta, seus dedos foram substituídos por seus lábios e eu gritei, perdendo o senso.
-Por favor, por favor, por favor... – pedi, meus dedos em seus cabelos – eu quero você dentro de mim…
E ele deslizou para o meio das minhas pernas, me penetrando por inteiro. Abri os olhos e seu rosto estava fixo em mim, enquanto ele se movia profunda e intensamente.
-Rob. – murmurei. Porque eu precisava daquilo. Precisava saber que era ele. E mais ninguém.
Ele me beijou e impulsionou mais e mais rápido pra dentro de mim, com urgência, a pressão crescendo até explodir num orgasmo delirante.
Eu ainda ofegava quando senti seus dedos retirando os fios de cabelo do meu rosto e abri os olhos.
E ele sorriu.
E por um momento. Era como se tivéssemos em outro tempo. Outra vida.
Numa vida em que ele ainda era meu.
Eu engoli em seco, jogando aquelas sensações para o fundo da mente. Não importava.
Não importava nem o antes e nem o depois. Só o agora.
Com isto em mente, eu enterrei os dedos em seus cabelos e o beijei, deslizando meu corpo para cima dele.
Era apenas uma noite.
E ela não tinha acabado. Eu o beijei vezes sem fim, num vagar preguiçoso, adorando sentir seu gosto sob minha língua, seus dedos que percorriam devagar minhas costas.
Então o fitei e sorri.
-Eu quero fazer amor com você.
Ele riu.
-Já não fez.
-Não o suficiente. – murmurei, mordiscando sua orelha e descendo para apertar os lábios em seu ombro, aspirando seu cheiro único, intoxicante, descendo mais para roçar os lábios em seu peito, mordiscando seu mamilo e ouvindo um som de aprovação do fundo de sua garganta.
Deslizei a mão por sua barriga, os músculos retesando sobre meu toque, até tocar a ereção pulsante.
E depois substituí as mãos por meus lábios. Seus gemidos no meu ouvido eram como música e minha própria excitação cresceu, enroscando-se dentro de mim como brasa quente e úmida.
Senti seus dedos puxando meu cabelo e o fitei, ofegante e corada, deslizando por cima dele, até que estivesse em seu colo, nossos corpos intimamente unidos novamente.
Impulsionei meu corpo sobre o dele, até que a excitação crescesse e nos tomasse ainda mais forte e intensa. E tudo explodiu em mil sensações.
Eu nunca saberia dizer quantas horas passamos perdidos um no outro, como se não houvesse mesmo nenhum mundo além daquele que forjamos para nós dentro daquele quarto.
Nada importava a não ser a satisfação dos sentidos.
E eu não queria dormir, não queria perder um minuto que fosse. Mas em algum momento, eu fui vencida pela exaustão e a última coisa que eu tive consciência era de seus braços a minha volta e seus lábios sobre minha testa.
E eu adormeci para ter sonhos impossíveis e que não mais me pertenciam.
Quando acordei. Eu estava sozinha.
Olhei o teto por um momento. A mente invadida por todas as lembranças da última noite.
Mas antes que eu pudesse pensar no que tinha acontecido, a porta se abriu e Rob entrou.
Ele estava completamente vestido e me fitou com um certo… distanciamento.
Meu coração afundou no peito.
Sim. Nada tinha mudado.
A noite fora apenas algo perdido no tempo.
-A estrada foi concertada.

Continua…

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