quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FANFIC - WITHOUT YOU - CAPÍTULO 1

Título: Whitout You 
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Robsten
Gênero:
 Romance, drama
Censura:
 NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 1

Aquele era pra ser um dia normal.
Eu acordei, olhei o céu levemente cinza e acendi um cigarro.
Como sempre, não me dei ao trabalho de pentear meus cabelos ou de colocar uma roupa, quando desci as escadas da minha casa, Jella veio atrás de mim miando e eu sorri.
Enquanto estava nos últimos degraus eu me lembrei que não tinha pegado o celular para checar as mensagens.
Que estranho, sempre era a primeira coisa que eu fazia todas as manhãs, quando não estávamos juntos.
Bem, eu estava com fome e podia pegar algo pra comer e depois subir.
Olharia minhas mensagens, ligaria meu computador e colocaria meu nome no Google pra ver os últimos absurdos postados sobre mim e então ele me ligaria e nós riríamos e combinaríamos e roupa que usaríamos hoje quando os paparazzis nos seguissem.
Eu ria comigo mesma quando entrei na sala e estaquei ao ver minha mãe e meu pai ali. Ok, isto não era novidade, embora àquela hora, os dois já devessem estar nos seus respectivos trabalhos.
Mas a terceira pessoa era uma surpresa.
O que a Stephanie estava fazendo na minha casa?


-Stephanie? O que faz aqui? – indaguei surpresa. Eu não a via desde a época das premieres de New Moon.
Ela sempre acompanhava Rob em todos os lugares e como há meses eu e Rob sempre estávamos juntos em todos os lugares eu me acostumara com sua presença loira e eficiente atrás de mim.
Então ela entrou no foco de luz e eu vi seu rosto.
Porque diabos ela estava chorando?
Tentei puxar na minha mente um motivo para ela estar na minha casa, aquela hora da manhã, se debulhando em lágrimas. New Moon estava muito bem nas bilheterias, obrigada.
Aliás, tão bem que os cofrinhos de Stephanie estariam bem cheinhos para o Natal assim como todos da Summit.
Rob estava na Inglaterra e eu iria me encontrar com ele daqui uma semana, assim que acabassem meus compromissos em Los Angeles. E depois do Natal, Paris.
Eu sentia um frio na barriga ao pensar no que aquilo implicava.
Todos teriam certeza. Assim que eu estivesse em solo Europeu, nem precisaria de nenhum flagra propriamente dito. Para bom entendedor, meia palavra basta.
E a pergunta que todos se faziam há meses seria respondia: Sim, eu e Rob definitivamente éramos um casal.
Para o bem ou para o mal, não teria mais volta.
E eu tentava dizer a mim mesma que aquela era a melhor decisão. Não poderíamos nos esconder pra sempre. E no fundo todo mundo já sabia mesmo.
Mas nós não gostávamos daquilo, nem um pouco.
Nosso relacionamento era nosso. Não do mundo, para ser compartilhado, analisado e estraçalhado.
Mas que escolha nós tínhamos?
Ok, havia uma outra escolha e esta era não estarmos juntos. E acredite, nós tentamos.
Não havia outra maneira de vivermos a não ser aquela. Juntos.
Nós dois. E os paparazzis. E os fãs. E a Summit. E quem mais aparecesse.
-Kristen... – eu voltei ao presente com a voz da minha mãe.
Eu a fitei. Ela não usava este tom há anos. Como se tivesse uma notícia ruim para me dar.
Encarei meu pai ele tinha o semblante igualmente grave.
Eu senti que estava perdendo alguma coisa.
Que diabos estava acontecendo ali?
Uma sensação horrível se instalou na boca do meu estômago. E um milhão de coisas passaram pela minha mente naquela fração de segundo antes que eu conseguisse falar.
-O que aconteceu? – perguntei firmemente, para que eles vissem que eu não estava gostando nem um pouco daquele suspense.
-Kristen... – Stephanie murmurou – aconteceu uma coisa nesta madrugada… com Rob.
Rob!
Ela falou a palavra mágica e eu dei um passo à frente.
-Rob?
Com um olhar periférico eu vi meus pais trocando um olhar esquisito.
Stephanie começou a chorar mais.
-Stephanie?
Mas ela não dizia nada.
Eu encarei meus pais, começando a sentir um medo gelado dentro de mim.
-Ele sofreu um acidente Kristen. – minha mãe falou devagar e eu percebi naquele momento que seus olhos continham um brilho estranho.
Eu já ouvira falar daquela sensação de não se sentir o chão sobre seus pés. Mas nunca a tinha sentido realmente.
-Acidente? Ele está bem? – perguntei, tentando voltar a respirar.
Stephanie respirou fundo.
-Kristen… Ele morreu.
Meu coração falhou uma batida.
Eu encarava os rostos a minha volta.
Enquanto as palavras de Stephanie ecoavam na minha cabeça.
Mas elas retornavam a superfície, porque não havia o menor sentido.
Morte e Rob numa mesma frase.
Então eu entendi.
-O quê? – gritei – Isto não é verdade! Porque está falando isto? Porque acreditou nisto? Sabe quantas vezes ele já morreu este ano? Devíamos processar estes sites!
Minha mãe se aproximou de mim.
-Kristen, acalme-se – ela tentou me tocar, mas eu me afastei, nervosa.
-Pai, fale pra elas, isto é mentira! É invenção!
Mas meu pai levantou o olhar pra mim. E eu soube.
Foi como levar um soco no peito, que me tirou todo o ar.
-Eu sinto muito. – foram suas palavras abafadas cheias de uma dura compaixão.
Agora minha mãe também chorava.
Eu lutei para voltar a respirar.
Não. Não. Não.
Todas as fibras do meu corpo gritavam.
-Não. – murmurei.
Minha mente infestada de sua presença. Viva.
Rob rindo pra mim. Rob falando comigo. Rob me tocando.
Olhei para minha mão, onde um único anel repousava agora.
Eu ainda podia sentir o calor de sua mão sobre as minhas enquanto deslizava o metal frio por meu dedo. Fazia apenas uma semana que isto ocorrera?
-Kristen, nós todos ainda estamos chocados. Eu sei como deve ser difícil pra você... – Stephanie começou mais controlada – ninguém esperava, foi uma… fatalidade.
Fatalidade.
-O que aconteceu? – consegui sussurrar.
-Ele bateu o carro, saindo de um pub ontem à noite. Estava sozinho.
Sozinho.
Minha mente entorpecida ainda tentava encontrar algum sentido naquela história.
Uma brecha naqueles fatos.
Rob sofrera um acidente.
Rob estava morto.
Morto.
Eu queria gritar.
Não. Não. Não.
-Kris... – agora era a voz de minha mãe e seus dedos frios tocaram meus ombros e só então eu percebi que havia me sentado e meu olhar perdido focalizava o tapete creme da sala.
Eu levantei o olhar para Stephanie.
A verdade começando a me envolver em garras frias.
-Como.. como.. como é possível…? Não pode ser possível…
Rob, o meu Rob não estava morto.
-Foi tudo muito rápido. Ele bateu num poste. E o carro pegou fogo… ele morreu na hora.
Eu fechei os olhos com força. Não. Não queria que minha mente formulasse aquelas imagens horríveis que suas palavras invocavam.
-Nick viajou para lá e esta cuidando de tudo. Claro que sua família está dilacerada, e toda a imprensa já está sabendo, a Summit achou por bem vir cuidar de você pessoalmente, porque tudo virará um inferno agora… Não demorará para estarem aí fora, querendo uma declaração…
Ela continuou falando, mas eu não ouvia mais nada, apenas um zunido no meu ouvido, juntamente com a batida lenta do me coração, os dedos frios da minha mãe sobre minha pele, o olhar preocupado do meu pai.
Rob estava morto.
Não existia mais.
Num acidente estúpido. Do outro lado do mundo.
Eu nunca mais o veria.
A verdade traspassou meu corpo como uma facada em meu coração e uma dor aguda me tomou quando o vazio daquela constatação me dominou.
Eu levantei e corri escada acima, ignorando os chamados dos meus pais.
Entrei no meu quarto e vi minha bolsa em cima de uma cadeira, joguei tudo no chão até encontrar o celular e meus dedos trêmulos discaram os códigos como tantas vezes antes eu fizera.
Mas não havia nenhuma mensagem.
Pela primeira vez em meses.
E nunca mais haveria.
Eu continuei a teclar desesperadamente, discando seu número com fúria e ouvindo a mesma mensagem da operadora na caixa postal.
Até que mal pudesse enxergar através das lágrimas o que fazia.
E me deixei cair no chão, o celular preso entre meus dedos, enquanto os soluços me sacudiam.
Estava acabado.
A vida, a amor.
Tudo.
Rob estava morto.
E eu me perguntava se um dia eu pararia de chorar.

Mas o tempo passou.
E eu parei de chorar.
As mesmas pessoas que tiveram tanto interesse em nós enquanto estávamos juntos, continuaram por meses assim depois de sua morte, mas como tudo na vida, outra assunto passa a ser novidade e eles eventualmente me esqueceram.
Todos voltaram seus olhos para outro lado.
E a vida continuou.

Eu odiava voar. Definitivamente.
Ainda mais com aquele tempo horrível.
Olhei o relógio pela décima vez e a voz do piloto finalmente pediu para apertarmos o cinto, pois estaríamos pousando em Londres em minutos.
Londres.
Meu estômago embrulhou. Eu evitara aquela viagem por três anos.
Mas chegara a hora de parar de fugir.
O avião começou a descer.
Em algum lugar da minha mente eu pensava que não era assim que eu imaginara voltar a Londres um dia.
Parecia tão distante agora.
Respirei lentamente, enquanto o avião taxiava e depois todos desciam. Fiquei por último, evitando a multidão.
Quando desci, rezava pra que não tivesse nenhum fotógrafo por ali.
Claro, eu não estava em Los Angeles, e mesmo lá já não era a mesma loucura que fora um dia.
Embora de uns meses pra cá, depois de um tempo de tranquilidade depois da loucura total que fora…
Eu parei o pensamento. Sempre parava quando possível. Porque por mais que eu estivesse bem, ainda havia uma parte de mim que doía em relembrar.
Enfim, depois de um tempo de tranquilidade, há alguns meses nós voltamos a produção do último filme. E a imprensa ficara em polvorosa de novo.
Por um tempo especularam se o último filme da saga seria gravado, já que não tinham mais o ator que faria o personagem principal.
Mas claro que depois de um período de luto, os fãs começaram a se agitar e a apostar quem seria o substituto. Sabendo que ainda havia um interesse do público a Summit começara os trabalhos.
Não que fora fácil convencer a mim, a atriz principal.
Eu estava resoluta em nunca mais voltar para aquela franquia.
Mas a pressão foi forte.
Se fosse só a Summit, eu mandava a merda.
Mas havia os fãs.
Ok, eu não era a pessoa mais conhecida por dar ouvidos as fãs.
Eu fazia aquilo que eu queria e pronto.
Mas de alguma forma, eu não quis decepcioná-los.
Porque eles poderiam estar pedindo pra me trocar também. Nunca foram muito coma minha cara mesmo.
Mas eles ainda me queriam como Bella. Mesmo sem o meu Edward.
Eu caminhei pelo desembarque e fui a procura da minha mala. Louca por um cigarro, mas isto podia esperar.
Achei a minha mala, que nem era muito grande e peguei o celular.
Lá estava a mensagem. Eu sorri, sentindo um certo alívio.
Disquei o número de casa.
-Oi mãe.
-Kristen! Já chegou em Londres? – sua voz continha aquele tom preocupado, embora eu soubesse que ela não perguntaria nada.
-Não se preocupe, eu não surtei nem nada disto. Estou bem. – tentei imprimir bastante jovialidade a minha voz
As pessoas passavam a minha volta, e algumas até me olhavam curiosas, mas eu as ignorava.
-Quando vai pra Irlanda?
-Amanhã.
-Certo. Me ligue quando chegar lá.
-Pode deixar.
-Espero sua volta daqui duas semanas.
-Claro, as filmagens vão começar daqui exatamente duas semanas, eu não esqueci.
-Tem certeza que quer mesmo estar aí…
Eu sabia do que ela estava perguntando.
Era o que eu me perguntava também. Até aquele dia eu tinha a mais absoluta certeza.
Mas de repente, eu sentia um certo temor, mas não diria isto a minha mãe.
-Claro que sim. – respondi. – Eu preciso desligar.
Nós nos despedimos e eu guardei o celular.
Saí para a tarde nublada de Londres e peguei um táxi.
-Para onde?
Mordi os lábios. Havia um lugar que eu gostaria de ir.
Mas ainda não estava preparada. Eles me ligavam às vezes.
Sempre queriam saber como eu estava, demonstravam preocupação.
Mas eu comecei a detestar aquelas ligações. Era como se eles me impedissem de esquecer.
E acho que perceberam o que faziam, pois as ligações foram rareando e já há meses que não nos falávamos mais.
Não. De maneira alguma eu iria até a casa dos pais de Rob.
Sim, quem sabe quando eu voltasse da Irlanda… talvez…
-Senhorita? – o taxista insistiu.
Eu passei o nome do hotel.
Ele deu partida e eu olhei a paisagem fria de Londres.
Eu desejava tanto fazer aquilo um dia… mas não estaria sozinha.
De repente me perguntei o que estava fazendo ali.
Devia ter ido para a Irlanda direto, como o combinado.
Mas não. Eu me vira pedindo para passar ali primeiro, como se para provar a mim mesma, depois de três anos que estava tudo bem.
Mas claro que tudo estava bem e eu não precisava passar um dia em Londres para provar a mim mesma.
Acendi um cigarro, nervosa.
O motorista chiou abrindo a janela, mas eu não liguei.
Olhei fixamente pra frente, ignorando a paisagem ao redor.
E respirei aliviada quando chegamos ao hotel.
Eu me registrei e fui pro quarto.
Larguei a mala em qualquer lugar, e fechando as janelas, eu me deitei de roupa e tudo.
Dormi quase imediatamente, num sono pesado sem sonhos.
E acordei na manhã seguinte. Abri a janela e um sol pálido entrava pelas janelas.
Peguei minhas coisas e voltei para o aeroporto.
Londres ficava para trás 1 hora depois.
E eu respirei muito aliviada quando pousei na Irlanda.
Alugar um carro foi fácil e eu me sentia muito bem quando peguei a estrada.
Tudo ia dar certo afinal.
Mas depois de duas horas na estrada, rodando e rodando.
Eu percebi que estava perdida.
E para completar, uma chuva torrencial começou a cair.
Peguei o celular e joguei-o de volta irritada ao ver que estava sem sinal.
Continuei na estrada, torcendo para encontrar um posto… mais uma hora se passou e nada.
E a chuva apenas aumentava.
O carro parou de funcionar de repente.
Girei a chave e nada. Tentei novamente. Nada.
Era o que faltava. Perdida no meio do nada na Irlanda debaixo daquela chuva torrencial e com o carro quebrado.
Soltando um palavrão, peguei o celular.
Merda. O celular ainda não estava funcionando. Claro.
Eu olhei em volta, tentando enxergar através da chuva que caía lá fora.
Respirei fundo, tentando me acalmar.
O jeito era esperar.
Algum outro carro podia passar. O telefone podia voltar a ter sinal;
Ou em último caso, uma hora a chuva ir passar e eu caminharia até achar ajuda.
Liguei o rádio do carro e consegui sintonizar numa rádio local.
Eu não reconheci a música de pronto, mas então senti um aperto no peito.
Não. De todas as coisas ruins que estavam acontecendo, eu também não precisaria ouvir uma música daquelas.
Como era mesmo o nome? Roslyn.
Trilha sonora de New Moon.
O universo estava conspirando contra mim.
Eu mordi os lábios e me inclinei para trocar de estação, e então um movimento lá fora chamou minha atenção. Alguém estava se aproximando.
Eu respirei aliviada.
Ajuda. Alguma coisa boa ia acontecer afinal.
Antes que eu pudesse esboçar alguma reação a figura vestida com uma pesada capa de chuva preta bateu no vidro.
-Com problemas no carro? – o estranho perguntou, sem que eu conseguisse ver seu rosto.
Eu fui abaixando o vidro enquanto falava.
-Sim, ainda bem que alguém apareceu, eu estou perdida e o carro enguiçou, eu…
Então eu o encarei.
Ele me fitava fixamente.
Como se visse um fantasma.
Mas quem estava vendo um fantasma era eu.
Ou mais provavelmente estava tendo alguma alucinação.
Porque eu não podia de maneira alguma estar vendo Rob na minha frente.
A chuva estava ainda mais forte, molhando tudo ao redor.
Mas eu não consegui me mover. Eu não conseguia ao menos respirar.
Meu coração havia parado de bater.
O mundo havia parado de girar.
A pessoa na minha frente tinha os cabelos cobertos pela capa de chuva.
Mas os olhos eram indefinidamente azuis como os dele.
E o rosto estava coberto por uma barba castanha.
Mas Deus… eu finalmente lembrei de respirar, aspirando uma longa golfada de ar para meus pulmões.
O coração antes parado, começou a martelar duramente no meu peito.
Aquilo não estava acontecendo.
Eu devia estar sonhando.
Ou alucinando.
Pisquei.
Mas quando abri os olhos, ele continuava ali.
Então era sonho?
Ou talvez eu tivesse morrido de alguma maneira e ali fosse o paraíso.
Porque só desta maneira eu o teria na minha frente, ao alcance das minhas mãos.
-Rob? – minha voz saiu trêmula de meus lábios.
Ok, agora era a hora que ele desaparecia feito fumaça.
Ou então, ele sorriria e me estenderia a mão e nós correríamos juntos pelo descanso eterno.
Mas ele continuou me encarando por um momento sem fim. O semblante era grave.
E ele parecia… chocado.
-Kristen... – sua voz desta vez saiu como eu me lembrava.
O sotaque inglês pontuando cada sílaba.
Não. Ele não desapareceu feito fumaça.
E nem sorriu ou me estendeu a mão.
Apenas continuou me encarando, como se Eu fosse o fantasma.
Talvez fosse mesmo um sonho. E se era um sonho, eu podia agir como tal.
Eu me levantei do carro, ignorando a chuva.
Estava tão próximo que eu pude sentir o calor de seu corpo, apesar da chuva fria que nos molhava.
E ele respirou fundo, aspirando devagar e eu senti o hálito quente sobre meu rosto.
Tão real, tão…
Oh Deus!
-Isto não pode estar acontecendo… Isto não é real... – balbuciei por fim – Você está morto…
E então, contrariando todas as probabilidades, com um gesto descuidado, ele retirou o capuz e eu pude ver seus cabelos bagunçados, enquanto ele passava os dedos entre os fios, desviando os olhos dos meus.
Eu não consegui fazer nada a não ser encará-lo entre horrorizada e fascinada.
E quando ele voltou a me fitar, havia um sorriso estranho e sem humor em seu rosto.
Mas que fez minha mente girar.
Era ele. Oh Meu Deus. Era ele.
Eu não sabia ainda como aquilo era possível.
Mas Robert estava na minha frente.
E desta vez foi impossível me manter respirando.
E eu deslizei numa bem vinda inconsciência.

Continua…


Nenhum comentário:

Postar um comentário